Parei de negar minha existência, de me submeter a opiniões abusivas e preconceituosas. Ninguém tem maior poder sobre mim que eu mesma, e se alguém quer me impedir de ser livre ou me impor leis que não criei, contornarei., engolirei o gosto amargo e cuspirei no orgulho de quem acha que é, como eu.
 Afinal, sou mesma obrigada a ver uma enorme quantidade de pessoas se auto ridicularizando, briguinhas de torcidas com comentário e agressões fascistas sem sentido algum...
 E ainda assim acredito no amor, mesmo que o homem veja a mulher como um objeto de satisfação, mesmo que a mulher veja o homem como um troféu de bajulação. São eles que dizem que a futura geração sofrerá porque não tiveram infâncias como a deles. Engraçado porque a geração passada fala o mesmo, mas também fala que a juventude de hoje não teve um juventude tão livre como a deles. Acho que eu sou dessa geração presente, que dirá que nunca se envelheceu tão bem como antigamente, quando o amor não era medido, quando o sexo não era apenas pornográfico, quando toda e qualquer informação era sentida e vivida.
 Quando as pessoas não eram tão descartáveis.